sábado, 7 de fevereiro de 2015

Petrobrás: Novo presidente terá missões de reorganização, ajustes e eliminação de focos de corrupção

A Polícia Federal deflagrou em março de 2014 a “Operação Lava-Jato”, com a intenção de investigar um esquema de lavagem de dinheiro que teria desviado aproximadamente R$10 bilhões de reais, sendo parte deles, recursos desviados da Petrobrás e repasses aliados à base do governo.

A EMPRESA

Com 86 mil funcionários, presença em 25 países, a empresa Petrobrás é responsável pela transformação do petróleo bruto em produtos essenciais para o cotidiano da população, como gasolina por exemplo. O parque de refino produz mais de dois milhões de barris de derivados por dia, como diesel, gasolina, nafta, querosene, querosene de avião, entre outras substâncias que servem de matéria prima para diversos outros produtos e conta com 13 refinarias espalhadas por todo o Brasil.

ESCÂNDALO

O Diretor de Abastecimento e Refino da Petrobrás de 2004 a 2012, Paulo da Costa, é suspeito de chefiar um esquema de desvio de recursos da estatal, intermediando negócios com fornecedores, recolhendo e distribuindo propina.

Autoridades investigaram e descobriram que Paulo tinha ocultado provas e tinha contas milionárias na Suíça. Ele então voltou à cadeia em junho após esta descoberta das autoridades. Costa, já havia sido preso em março sob suspeita de ocultar provas.

Para diminuir sua pena, o então ex-Diretor de Abastecimento e Refino resolveu concordar em fazer um acordo de delação premiada no mês de agosto de 2014, e, apontou 12 beneficiários de propinas do esquema.

De acordo com Paulo da Costa “3% dos valores dos contratos firmados com a Petrobrás eram repassados a políticos”.

Em pleno ano eleitoral (2014) e já próximo das eleições, em março, o esquema estoura nas mídias sociais e movimenta o mercado brasileiro dividindo opiniões.


RENÚNCIA


Dez meses após a divulgação do “Escândalo Petrobrás”, em 04 de fevereiro de 2015, a então Presidente Graça Foster renunciou ao cargo de presidência da Petrobrás juntamente com mais cinco diretores, após 35 anos na estatal. A renúncia de Foster resultou em uma baixa nos “papéis” da empresa.

O novo presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, já foi definido pela Presidente da República, Dilma Roussef. Ele é o atual presidente do Banco do Brasil (BB) e ligado ao Partido dos Trabalhadores (PT).

“Uma das primeiras tarefas do novo presidente da Petrobrás será definir os níveis de investimento e como a empresa vai se ajustar aos novos preços de mercado e como eliminará os focos de corrupção e de desvios que foram divulgados”, disse em entrevista à Agência Brasil, o Professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista em energia Ernani Torres.


Aldemir Bendine é o novo presidente da Petrobrás
O aumento do preço da gasolina que já chega a R$ 3,35 em algumas cidades e estados do país preocupa a população. No entanto, com a nova gestão presidencial da Petrobrás, cresce a expectativa de reorganização nos valores aplicáveis ao consumo cotidiano.









Anne Coifman

Nenhum comentário:

Postar um comentário