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O ano começou com uma novidade no mundo da medicina: O mesentério, estrutura presente no sistema digestivo do corpo humano, foi reclassificado como órgão, pela equipe de cientistas coordenada pelo pesquisador do University Hospital Limerick, na Irlanda, J. Calvin Coffey.
A reclassificação aconteceu após seis anos de estudos.
O mesentério é um órgão em forma de leque que dá suporte ao jejuno e íleo, ambos presentes no abdômen. É formado por tecido conjuntivo denso extraperitoneal, vasos sanguíneos, nervos, vasos e gânglios linfáticos. A fronteira intestinal do mesentério é de aproximadamente seis metros de comprimento. A função do mesentério é dar suporte a certas porções do intestino delgado, consistindo em partes do peritônio. Também é sua função projetar e abrigar nervos e vasos sanguíneos do sistema central aos órgãos.
A nova "descoberta" dos cientistas, permitirá estudos mais aprofundados sobre o órgão e as patologias que o acometem. Entre elas, podemos destacar a paniculite mesentérica que é uma doença caracterizada por um processo inflamatório crônico do tecido adiposo, sendo mais frequente no mesentério do intestino delgado. A origem da patologia é desconhecida, mas sugere-se que componentes autoimunes estejam associados à coexistência de linfoma, presença de trauma e cirurgias abdominais prévias. A faixa etária de pico da doença é entre 40 e 60 anos.
Por ser formado por vasos sanguíneos o órgão pode ser danificado e causar a isquemia mesentérica, que acontece quando o fluxo sanguíneo é inadequado para o mesentério. Isto pode correr devido a uma queda súbita da pressão sanguínea ou a partir de outros fatores locais, como um coágulo de sangue ou um vaso sanguíneo contraído. Mais comum em pacientes idosos, a patologia pode resultar em dor abdominal intensa devido às terminações nervosas presentes em sua estrutura e presença de sangue nas fezes, por fazer parte de estruturas intestinais como Jejuno e íleo.
Anne Coifman
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