quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Rebelião em Manaus e Pronunciamento do Presidente da República.

Compaj - Foto: G1.com
O primeiro dia do ano foi marcado por uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), localizado em Manaus. Iniciada na tarde de domingo (01), a confusão durou cerca de 17 horas. Após conseguir a libertação dos últimos reféns, 12 guardas prisionais, que saíram sem ferimentos, a Polícia do Batalhão de Choque controlou a situação.

O complexo tem capacidade para abrigar 454 reclusos em três alas, mas acolhia 1.224 detidos. A rebelião começou na unidade de regime fechado, que estaria particularmente lotada.

De acordo com o Secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, o motim foi provocado pela briga entre as facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC), originária de São Paulo, e a Família do Norte, do Amazonas. "Esse é mais um capítulo da guerra silenciosa que o narcotráfico mergulhou o país", afirmou.

A rebelião ocorrida em Manaus, fica atrás apenas do acontecido em 1992, no estado de São Paulo. O massacre do Carandiru, rebelião mais letal da história, deixou como saldo 111 presos assassinados pelas tropas da Polícia.

PRONUNCIAMENTO 

Após três dias de silêncio absoluto sobre a rebelião em Manaus, o Presidente da República, Michel Temer, fez um pronunciamento no início da tarde de hoje (5). O discurso aconteceu durante a abertura da reunião sobre segurança institucional, convocada na tentativa de demonstrar a preocupação do Governo Federal com a crise penitenciária.

"Eu quero me solidarizar com as famílias que tiveram seus presos vitimados naquele acidente pavoroso que ocorreu no presídio de Manaus. Nossa solidariedade é governamental e tenho certeza que é apadrinhada por todos aqueles nesta reunião" disse Temer.

Ele lembrou que o controle penitenciário cabe às unidades estaduais da federação, mas ressaltou que a questão da segurança pública ultrapassou a questão local e tornou-se uma preocupação nacional.

ENCONTRO

O encontro de hoje (5), para discutir a situação carcerária no país, teve a participação dos ministros Alexandre de Moraes (Justiça), Raul Jungmann (Defesa) e Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), Torquato Jardim (Transparência) e Grace Mendonça (Advocacia Geral da União).

Ainda de acordo com o Presidente, Michel Temer, o plano nacional de segurança pública, que será lançado pelo Ministério da Justiça, determinará que unidades prisionais que sejam construídas a partir de agora, tenham prédios diferentes para abrigar presos que cometeram crimes de alta e baixa ofensividade.


Informações: Folha.uol





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